Estudo lançado nesta terça-feira (8), pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revela estatísticas comparáveis sobre a educação em 46 países.
O estudo revela que ter um diploma de graduação garante ao brasileiro uma remuneração 144% acima dos que apenas concluíram o ensino médio. Em comparação com os que não concluíram o Ensino Médio, a remuneração chega a triplicar com 258% acima.
A média dos países da OCDE estão entre 54% e 89%, o que deixa o Brasil acima da média, com a maior diferença entre 37 países. A Finlândia possui a menor diferença, lá a remuneração dos graduados está entre 35% e 33% maior do que a dos não graduados.
Já na participação dos estudantes em ensino profissionalizante, – tema prioritário desse relatório – o Brasil é o país com a menor participação, apenas 4% dos brasileiros, ficando bem abaixo da média de 17% da OCDE. Se considerar apenas o Ensino Médio a porcentagem aumenta para 11% dos que seguem a formação profissionalizante, contra 42% da média da OCDE.
O estudo mostra ainda que em todos os países da organização, a taxa de jovens que seguem esse ensino é menor do que a da geração dos seus país, 21% para os que tem de 25 a 34 anos, contra 26% para os que são 20 anos mais velhos. Pela OCDE para pessoas com idade entre 25 a 34 anos a porcentagem de emprego dos que se formam em cursos profissionalizantes é de 82%, e de 83% para os que têm de 45 a 54 anos de idade.
Para os que possuem entre 25 e 34 anos e concluem o ensino médio, a taxa de emprego é de 73%, e de 80% para os que possuem dos 45 aos 54 anos. Já entre os que concluem o ensino superior a empregabilidade é na média de 83% entre os mais jovens, e 90% para o grupo mais adulto.
Salários
As pessoas que fizeram o segundo grau profissionalizante ganham valores correspondentes aos que fizeram o ensino médio regular. Na França, Reino Unido e Alemanha, os que fizeram alguma qualificação geral no ensino médio ganham de 15% a 20% a mais do que os formados nos cursos profissionalizantes.
Outro dado interessante indica que cresceu a porcentagem de pessoas entre 25 a 34 anos que ingressam na universidade, agora com 45%, contra 35% dos que tinham a mesma idade há 20 anos. Jovens de 25 a 34 anos, que concluírem a faculdade podem obter um rendimento de 50% daqui há 20 anos. 20% maior para os que concluem o ensino médio, e apenas 10% aos não concluintes do segundo grau.
O estudo aponta que alunos do segundo grau profissionalizantes abandonam mais a escola do que os alunos que cursam a formação regular. No Brasil 48% dos estudantes terminam o ensino médio técnico, contra 53% que cursam o geral.
Isso mostra que o trabalho e a dedicação que cada aluno tem, fazendo parte das aulas, se comprometendo a estudar ainda que haja dificuldades levará a um caminho de sucesso. Desistir não é opção, estamos juntos, rumo a conquista pela vaga na universidade dos seus sonhos.
Fonte: Folha de S.Paulo