Faltando pouco mais de um mês para as aplicações das provas digitais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), Camilo Mussi, presidente substituto do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), respondeu algumas dúvidas pontuais sobre como será a aplicação dessa nova versão, que será aplicada pela primeira vez.

Foram 96.086 confirmações de participação neste modelo, que está marcado para acontecer nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021.

Como impedir que os candidatos “colem”?

De acordo com o presidente, os computadores disponibilizados para fazer a prova, não terão acesso à internet, e não lerão CDs ou dispositivos por conexão USB. As programações de edições como Word e a calculadora também não estarão disponíveis.

O ambiente é específico apenas para a realização da prova, por isso será permitido que os alunos vejam apenas a prova do Enem. O esquema de segurança também será como os das edições anteriores, com fiscais nas salas de aula e acompanhamento nas idas ao banheiro.

Vai ter câmeras de vigilância?

Nessa edição ainda não haverá vigilância através de câmeras, ainda que tenham laboratórios com esse equipamento já instalado em algumas instituições.

Os computadores serão todos iguais? Como será a distribuição e disposição das máquinas?

O formato vai depender das salas de aula de cada local de prova. O Inep selecionou padrões iguais de tecnologia, como tamanho de monitores, capacidade de memória e modelo do processador.

A distribuição de lugares será como na versão impressa, com as cores das provas para que o exame do aluno não seja igual ao candidato que estiver ao seu lado, o que dificulta a “cola”. Serão pelo menos 25 computadores por sala.

“Em alguns, pode ser que seja um [formato de] U, com um computador ao lado do outro. Em outros, uma máquina atrás da outra, enfileirada. O importante é garantir certo distanciamento entre os candidatos, por causa da pandemia”, afirmou o presidente substituto.

Os lugares de cada candidato serão pré-determinados, cada um terá sua prova instalada em uma máquina específica com a identificação (nome e foto). E para iniciar o exame, é solicitado uma senha individual que será enviada no dia da prova pelo Inep.

Como as questões serão respondidas?

As questões de múltipla escolha serão feitas através do computador, o candidato seleciona uma das alternativas e clica em “salvar”. Já a redação será feita de forma manuscrita, o estudante deve levar uma caneta preta de tubo transparente. Também será disponibilizado uma folha para rascunho para as provas de ciências da natureza e matemática.

O candidato vai ter um gabarito para levar para casa, nesta versão?

O estudante poderá escrever na folha de rascunho quais foram as alternativas assinaladas por ele, mas assim como na versão impressa, só poderá levar consigo se aguardar até a última meia hora da prova.

E se der problema em algum computador?

Em cada uma das salas haverá um técnico de informática, que poderá avaliar a máquina e a possibilidade de transferir o candidato para outro computador. Se os procedimentos necessários para fazer a máquina retomar o funcionamento, demorar menos de 15 minutos, o estudante poderá terminar a prova, mas se precisar de mais tempo, terá de fazer a reaplicação do exame em fevereiro.

“Com certeza, algum computador vai acabar dando problema durante a prova. Mas teremos um ou dois de reserva em cada laboratório”, afirmou Mussi.

Nesta versão haverá recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência?

Não, as pessoas com deficiência que precisam de adaptações, puderam se inscrever apenas na versão impressa da prova. O Inep informou que aos poucos o Enem Digital também contará com acessibilidade.

Cronograma do Enem

  • Provas impressas: 17 e 24 de janeiro
  • Prova digital: 31 de janeiro e 7 de fevereiro
  • Reaplicação da prova: 24 e 25 de fevereiro (para pessoas afetadas por eventuais problemas de estrutura)
  • Resultados: a partir de 29 de março

 

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